domingo, 20 de junho de 2010
Sarau de Domingo
CARLOS ZÜRCK CRUZ deixou um novo comentário sobre a sua postagem "SARAU DE DOMINGO":
MAGO SARAMAGO
“Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir”.
, sempre receio
a proximidade da noite
porque luto com palavras
cheias de benignidade,
mas, ainda assim,
não tenho a ilusão
de revelar neste sonho despedaçado
entre a verdade e a dor,
o veneno da infância,
infelizmente não.
Entre a verdade da dor
e a dor da verdade
escolhi a ternura que cedo
preencheu meu íntimo
de rios, figos e caminhos.
E luz e viajem e a sensação
de que é o amor o inimigo
e com esta tristeza entrelaçada
em nossos corpos traídos pelo tempo,
mais uma vez receio
a proximidade da noite
Sarau On Line
A PANELA E A TAMPA
Ou Quando o Amor Desfeito Não Mais Basta Enquanto Memória Olho Furado Que É...
Toda panela tem sua tampa
Não há pés descalços
Que um chinelo não calce
E para executar um plano
Basta a rampa
Quantas vezes foi
Que olhei pro lado e não vi?
Quantas vezez foi que orei
E não ri?
Nem sexta e nem segunda-feira
São vários olhos pra comer
Só uma folha pra escrever
A vida se esvai se marcar bobeira
Quantas vezes foi
Que olhei pro lado e não vi?
Quantas vezes foi que orei
E não ri?
Dos compassos e descompassos
Dos abraços e olhares de amor
Que são apenas traços do que sobrou
Do sol, da chuva e do calor de flor
Daquela que foi meu torpor
E febre de dias intensos
De pensamentos em laços
Ou Quando o Amor Desfeito Não Mais Basta Enquanto Memória Olho Furado Que É...
Toda panela tem sua tampa
Não há pés descalços
Que um chinelo não calce
E para executar um plano
Basta a rampa
Quantas vezes foi
Que olhei pro lado e não vi?
Quantas vezez foi que orei
E não ri?
Nem sexta e nem segunda-feira
São vários olhos pra comer
Só uma folha pra escrever
A vida se esvai se marcar bobeira
Quantas vezes foi
Que olhei pro lado e não vi?
Quantas vezes foi que orei
E não ri?
Dos compassos e descompassos
Dos abraços e olhares de amor
Que são apenas traços do que sobrou
Do sol, da chuva e do calor de flor
Daquela que foi meu torpor
E febre de dias intensos
De pensamentos em laços
SARAU DE DOMINGO
SOMBRAS DA ESCURIDÃO
Quando chora o coração
de ir embora
Sofrido infarta o coração
de quimera
Ido o corpo insano
se presta a corrupção
do hipotálamo
Sem garra
o pênis solitário
regurgita vida
E maior que a pôrra insana
que esparge ao leo
É a vida que clama por sentido
Na miséria
sem misericórdia do ocaso
Na insensível palidez
do não ser
Pois que a sana
é a gana do poeta
que morre e mata
por precisar ser ungido
de ir embora
Sofrido infarta o coração
de quimera
Ido o corpo insano
se presta a corrupção
do hipotálamo
Sem garra
o pênis solitário
regurgita vida
E maior que a pôrra insana
que esparge ao leo
É a vida que clama por sentido
Na miséria
sem misericórdia do ocaso
Na insensível palidez
do não ser
Pois que a sana
é a gana do poeta
que morre e mata
por precisar ser ungido
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