quarta-feira, 20 de março de 2013

MAIS UM BRECHÓ NO CAMINHO DAS PEDRAS


Muito do amor que trago no peito, não é sabido ou compreendido por meu povo – considero meu povo aquele que sigo e que a mim segue por conta dos interesses comuns e dos laços pares que nos prende – Assim, talvez por conta do muito e do pouco que soul, o prazer que sinto por viver neste meu Bairro  de Areia Branca e nesta minha Cidade de Belford Roxo – muito embora os sentimentos de universalização, me acometam e me matem de uma saudade diferente, aquela pelo que ainda não vi e conheci, uma saudade pelo que não aconteceu - passem batido...

A capacidade que nós tivemos para reconstruir a nossa identidade, que forjada em mentira e falsidade, foi enfim redefinida com uma nova identidade social e autoestima, uma quebra do maldito estigma anterior, que nos surgiu através da arte e da cultura, lugar incomum e indiretamente proporcional ao que recebemos do poder público local – favor ler e prestigiar a obra do amigo de composições e música, o Mestre em Ciências Sociais André Leite – precisa ser, melhor compreendida e relatada.

Se na Memória Social, repousa uma ação que surge da coragem de enfrentar o desconhecido e o subjetivo, posto que no desconhecido estão, o universo violento das práticas marginais e no subjetivo, está o poder empreendedor e criador de uma matéria não palpável e previsível que é a arte, na Memória Histórico-Antropológica, estão os registros pictóricos, arqueológicos, econômicos e, genéticos, pois que, somos o que sobrevive da extinção massacre aos nativos, primeiros e originais seres desta região – os índios jacutingas, e somos ainda remanescentes dos negros escravos, trazidos de África, também conhecidos por jacutingas – A hidra de iguassú, em referência a hidra de Lerna, pelo caráter quase indestrutível e imbatível daqueles negros quilombolas – favor consultar e prestigiar a obra do Phd em História, o meu amigo e mestre, Dr. Nielson Bezerra, um morador de Belford Roxo, que vive entre a Vila Paulina e Quebeq no Canadá, que vive entre as estradas ruins da Joaquim da Costa Lima e os belos palácios e museus de Paris ou às velhas e dolorosas histórias de New Orleans, que vive entre os niticiários nada bons sobre a Baixada Fluminense e o mofo dos livros em que mergulha em seu incansável trabalho de pesquisa.

Areia Branca, bairro de Belford Roxo, tanto quanto outros bairros foi passagem de riquezas que vinham de muitos lugares, a caminho do embarque para a Metrópole, que estava na Europa, via rio Sarapuhy, a economia deste local quer seja a produzida nos mocambos e quilombos ou a produzida pelos invasores e dominadores europeus era grande – favor reconhecer e prestigiar a obra do já citado historiador o Dr. Nielson.

Por tal passado é, justo que tenhamos um presente melhor, com vistas a um futuro econômico-social, mais e mais promissor. Mas, infelizmente, a forma como é explorado o comércio neste Bairro, não nos permite vislumbrar um futuro ao menos parecido com o atual presente, dos bairros circunvizinhos, os aparelhos comerciais estão na mão de poucos proprietários, na verdade apenas quatro pessoas/famílias, controlam “todas” as lojas ofertadas à exploração comercial no bairro, que não oferece espaço à instalação para exploração comercial, de escritórios diversos (contábeis, advocatícios e de serviços em geral) e, falta-nos um supermercado descente e condizente com o aumento populacional (teremos inauguração em breve do novo condomínio ainda em construção e que aumentará no mínimo  em mais 150 famílias, a população do bairro), falta-nos padarias descentes com pão fresco e ofertas de bolos e doces, lojas de roupas e calçados, cosméticos, lingeries, artigos esportivos, peças para carros e motos,  agências bancárias, loteria federal, postos de gasolina, restaurantes, padarias, consultórios médico, veterinário e odontológico....falta-nos tudo...E este é  o motivo principal deste prolixo texto...

OBSERVE O NOVO EMPREENDIMENTO COMERCIAL  DE AREIA BRANCA